sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

História de Pinhões 1950/2009

Em 1949, foi instalado na fazenda Lagoa das Pedras, um acampamento do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca-DNOCS, onde se alojaram cerca de 300 homens que moravam em barracos de lona, para a construção da rodovia BR 235 ligando Juazeiro-BA à Aracaju SE. O local ficou conhecido como acampamento dos peões (trabalhadores); onde eles faziam suas refeições e dormiam, sendo assim construídos os primeiros barracos; a outra origem do nome deve-se também por conta da grande quantidade de vegetação da caatinga ali existente denominada pinhão roxo. O povoado ficando chamado de Pinhões.

Por força desse acontecimento, surgiu uma pequena feira e as primeiras casas, sendo a primeira construída pelo o Sr. Honório Soares de Souza no ano de 1950, que fixou residência.

Surgiram logo depois outras residências, como a de Manoel Clementino de Souza, Bibiano Moreira da Silva, Joaquim Ferreira Pombo, José Soares de Souza (Passarinho), que foram os pioneiros na criação e desenvolvimento do povoado.

Em 02 de janeiro de 1950, a pedido das famílias aqui residentes foi celebrada a primeira missa campal, ministrada pelo Padre Clemente e partilhada pelos moradores e trabalhadores do DNOCS.
Educação
No mesmo período tendo como administrador do município o Sr. Alfredo Viana, foi construído o primeiro prédio escolar do povoado que teve como professora, D. Gercina de Oliveira, sendo sucedida pelas professoras Umbelina Martins e Anaite Duarte. E também a professora Mariá moreira.

Em 1952, por reivindicação dos moradores, o DNOCS iniciou a construção do açude, utilizando na obra cerca de 2000 homens em trabalho braçal.
No governo José Padilha de Souza, de 1955-1959 foi construído um curral para boiadeiros, conhecido como Curral do Município.

Na gestão do prefeito Américo Tanuri, foi construído o Mercado Municipal e a capela, que tem como Padroeira Nossa Senhora de Fátima.(1963-1967).

1967-1971- governo Joca de Souza Oliveira. Foi instalada a rede de energia elétrica a motor Diesel, tendo sua inauguração no dia 13 de Junho de 1968.

Em 1969- conclusão da construção do açude, no dia 08 de janeiro de ele transborda pela primeira vez.

1973-1977- Governo Durval Barbosa da Cunha, foi construída a primeira praça de Pinhões - Praça Honório Soares de Souza, nome dado em homenagem ao fundador do povoado. Neste período foi construído também o Posto de Saúde, tendo como técnica a senhorita Darinha. No ano de 1977, o posto passa a ser ministrado pela Fundação SESP e os primeiros funcionários foram a visitadora sanitária Maria Dolores de Sena e o auxiliar de saneamento Antônio da Silva Duarte , Através da Fundação SESP, chegou também o serviço de abastecimento de água do SAAE, tendo como operador, o Sr. José Joaquim dos Santos .

1977-1983-governo Arnaldo Vieira do Nascimento. Foi apresentado a Assembléia estadual da Bahia através do então deputado Raulino Queiroz, um projeto de lei criando o Distrito de Pinhões.

1983-1988-Governo Jorge khoury Hedaye – Em 11 de fevereiro de 1984 na forma do decreto Lei 005/84, o povoada de Pinhões passou a categoria de Distrito, com instalação da sede Administração Regional, posto telefônico, posto policial, e extensão da rede de energia elétrica de Paulo Afonso. Ainda nesta administração, Pinhões recebeu a extensão do colégio Municipal Paulo VI - Ensino de 1º grau ( em 16 de maio de 1988), e uma praça com televisão comunitária.

Também foi por volta dos anos 80, que começou a utilização da água da barragem, para a implantação de projetos agrícolas. Alguns agricultores por iniciativa própria foram até Salvador, onde tiveram contato com Manuel Bonfim (atual diretor do DNOCS naquela época), adquirindo assim a licença
para o uso das terras próximas às margens e também para o uso da água. Os lotes foram divididos em trechos de 10 hectares, e distribuídos às pessoas da comunidades, já inscritas no projeto também era pago uma taxa anuais sobre o uso da terra. Os pioneiros foram Carlos Augusto, José Soares Sobrinho, João Soares Sobrinho, a partir desse novo momento na comunidade instalou-se também um a nova perspectiva de vida, através da agricultura irrigada que gerou emprego e renda para várias pessoas do local e principalmente a vinda de trabalhadores da agricultura irrigada do vale do são francisco, principalmente de Cabrobó e também do estado do Ceará , além de famílias dos povoados circunvizinhos que vinham em busca de trabalho, em consequência disso houve crescimento do comércio local e aumento do número de alunos nas escolas e da população local.

Opções de lazer das pessoas são vários pontos que por sua vez são de grande importância para o distrito, como: Jorrinho, clube social, campo de futebol, quadra poliesportiva e o parque de vaquejada. Além do famoso banho no sangradouro no período das cheias do açude que por sua vez traz muitos curiosos.

As tradições religiosas de Pinhões estão destacadas entre: Umas das mais importantes são as devoções aos santos católicos, Nossa senhora e Fátima, São José. Na semana santa é realizada uma procissão para o cruzeiro onde lá está encravada uma cruz de madeira no alto de uma rocha próxima ao açude.

Nossa Senhora de Fátima, padroeira da localidade, festejada a 13 de maio com realização de novenas e procissão no décimo dia do mês dos festejos. Ainda comemoramos diversas culturas que temos como: A roda de São Gonçalo, Forro, Quadrilhas, festa dos vaqueiro, Caruru, Festa de São Pedro, Reisado e Festa do Bode. Outras atrações ficam por conta da escola nos eventos realizados nas datas comemorativas.

Atualmente o distrito possui cerca de 2.274 habitantes que vivem do comércio, da produção agrícola, onde se destacam os plantios de tomate, cebola, melão, melancia e manga além da criação de caprinos e ovinos e da pesca de subsistência e também comercial de diversas espécies de peixes como tílapia, tucunaré, piranha, curimatã e outros. Também destaca-se a pesca de crustáceos como camarão, onde são comercializados localmente e para a cidades de Uauá e Sr. do Bonfim, de onde também vem alguns pescadores.




Em construção...

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